No tempo que sempre me falta
Imerso na incessante rotina
Mil textos entranham à retina
Em nada minh'alma se exalta.
Entre relatórios, códigos e leis
A nada minha atenção se prende.
Parece nunca chegar a vez
De tudo que o coração pretende.
Ao compasso do relógio segue a razão
No contrapasso da razão estaciona a agonia.
Entre rubricas e números, zero emoção.
Zero coragem, temor, tristeza ou alegria.
Se falo de emoções, em cada palavra
Supero um muro interminável de "letras frias"
E nessa poesia que aqui se lavra.
Abandono os textos do dia a dia.
Se já escrevi, volto para a correria!
Jalba Santiago dos Santos Segundo