Lemnbrando que a ultima frase sempre é um link para uma música relacionada ao post.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Coração de ponte aérea!

Meu coração é mesmo confuso.
Não respeita o meu lugar.
Não se acostuma com meu fuso.
Se estou aqui, bate lá.

Nessa peleja geográfica
Faço um esforço acrobático
E meu coração lunático
Pensa já ter toda prática.

E nessa rotina padeço
E meu coração nem se cansa.
A mente, ainda cria esperança!
E sou eu quem paga todo o preço.

Ninguém veio, sequer, me perguntando.
Pelo coração, nunca fui consultado.
Pior, que de tão cansado...
Acabo não raciocinando.
E então de tão desacreditado...
Nesse amor, acabo acreditando.
Jalba Santiago dos Santos Segundo
29 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

"Não há mais lugar para assistencialismo em um mundo em que o direito à educação é garantida por lei há mais de 50 anos." (Rodrigo Mendes.)

               Durante um breve vôo entre Ilhéus e Salvador, ao folhear a revista da empresa aérea, esta frase se fixou em minha mente como chiclete na sola do sapato. Tão logo a li, pude viajar na gama de conteúdo que havia embutida nesta despretensiosa afirmativa. Imediatamente me questionei: Existe segurança jurídica sem educação?

               Por mais de uma semana a frase que intitula este "post" serviu de base para diversas análises de fatos que observei em meu cotidiano. Já no avião pensei que tudo que estudei nos bancos acadêmicos das Universidades em que passei (Academia de Polícia Militar e Direito) deveria ser revisto. Boa parte do que afirmaram a maioria dos respeitaveis professores deveria ir direto para lixeira. Será que eles são tão ingênuos assim? Estudamos tantas Leis e Normas, como se elas, de fato, regessem as nossas vidas. Lêdo engano! Sem educação, o povo se deixa manipular. Políticos criam e aprovam leis, deliberadamente confusas e cheias de lacunas. Estas lacunas são usadas em prol de interesses particulares e escusos. A situação é tão gritante que nos breves momentos em que o sistema funciona em benefício da coletividade, o que é obrigação soa como favor. O povo, sem educação, fica agradecido, esquecendo que ,muitas vezes a obrigação vem tardia e cheia de vícios. Ou seja - a emenda quase sempre é pior que o soneto! Infelizmente, um brilhante professor de Direito acertou em sua premissa quando disse: "O Direito não existe para garantir a justiça. Existe para garantir a manutenção da Ordem!" Quando ouvi isso em uma palestra do eterno mestre JJ Calmom de Passos, iniciei a minha desconstrução da crença de que existe segurança jurídica no Brasil. Até porque a Ordem é manter quem está no poder, mais poderoso. Eis que a música "Bom xibom xibom bom bom" (Clique que aparece a letra!)se mostra bastante atual e inteligente. O de cima sobe e o de baixo desce! Assim funciona a nossa República assitencialista onde nada acontece sem segundas intenções.

               Aprofundando a questão da Educação X Assistencialismo, nesta semana vivi uma situação que retrata muito bem esta intima relação. A lei de promoção da instituição em que sirvo, diz que ao existir vagas para promoção, os profissionais aptos a serem promovidos deverão ocupar as vagas independente de data. Ou seja, se existia a vaga para me promover e eu estava apto, esta promoção deveria ser efetivada imediatamente. Mas o que de fato aconteceu (contrariando a Lei e a segurança jurídica) é que a vaga para me promover existia desde 2008. Eu estava apto a ser promovido deste 2006. Mas minha promoção só ocorreu em 2011. Até ai, só a segurança jurídica e a legalidade ficaram em xeque! Mas quando eu ouvi de um dos "meus chefes" a seguinte frase: "Venha agradecer ao "presidente da empresa" a sua promoção! Se não vier hoje, venha em outro dia!" O que ficou em xeque foi a minha Educação.Olha como o discurso assistencialista está implícito na ordem de "meu chefe"! Mas para infelicidade do mesmo, a minha educação não depende exclusivamente deste Estado. Ela é oriunda de uma base familiar onde se prega o senso crítico e o espírito de justiça. Logo, Não há espaço para assistencialismo dentro da cabeça de uma pessoa que teve sua Educação garantida por familiares de visão ampla e grande lastro cultural. Automaticamente me recusei a agradecer por algo que é obrigação. Uma promoção que veio com atraso de 3 anos, deveria vir com juros e correção. Nunca com um agradecimento! Sei que o problema não teve início no "presidente" atual, mas se ele aceitou o cargo, aceitou também a obrigação de resolver o problema. Não vou agradecê-lo por isso, até porque ele está sendo pago com nossos impostos para ser quem é. Eis que com a educação precária, a cidadania se destrói. O povo passa a acreditar que qualquer migalha oferecida por aqueles que são bem pagos para zelar por nós, é uma grande favor.   E a afirmação de outro jurista, também baiano, passa a ser uma péssima realidade.

domingo, 19 de junho de 2011

Mais poesia em nosso dia!!!!

Tempo de solavanco.

Eis que na tormenta de meu dia
Paro no tempo, um momento
Viaja longa distância, o pensamento
E a imaginação lá se ia.

Então o longe, perto fica.
Me pego a sonhar com aquela hora
Sua imagem em minha mente se petrifica.
Só existe o que penso. Inexiste o lá fora.

Porém outro momento se sucede
Retorno á diária correria.
Por mais que eu queira, o tempo segue
Tão logo a mente se esvazia.

E assim segue o meu dia
Com o tempo de solavanco
Tempo para e continua
Hora sim. Hora não.

19 de junho de 2011
Jalba Santiago dos Santos Segundo

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Agonia boa!!!

               Como entender a felicidade de ter o coração batendo? Logicamente, não me refiro ao bater biológico. Falo do descompasso, da arritmia, da cadência irregular que meu coração teima em imprimir quando bate. É um bater glorioso e ao mesmo tempo sereno. Em nada se relaciona com artérias e veias. Mas posso afirmar que é um bater quase visceral. Não segue os caminhos de ventrículos ou átrios. Diria até que na bagunça de meu coração meu sangue erra de veia, várias vezes, mas nunca se perde. Todo caminhos tem serventia! Meu miocárdio está cada vez mais forte, quase hipertrofiado. Tenho um coração de atleta!
             
              Como explicar a felicidade de ter um coração batendo? Meu coração bate cada vez mais forte. Um bater difuso e confuso também. Sem regras e normas. Como você vai entender que isso, para mim, é um motivo de alegria? Sei que na matéria, segurança, minha nota é zero. Tenho tido cada angústia! Planos frustrados, encontros desmarcados, momentos solitários. Sei de tudo isso! Mas só assim posso dar o real valor para os torpedos noturnos, os telefonemas surpresas, o "boa noite", as músicas com letras insinuantes, a vontade de ligar, a expectativa em atender, o medo de falar e o balsamo ao ouvir. O que é isso que faz meu coração bater assim...? Pouco me importa! Nem me diga o nome! Sinto assim e isso basta. Essa agonia inexplicável que preenche um vazio que nem sei. Isso é o que sinto. E ai? "Le se fer!" Não vou interferir para a sua saída, como não optei pela sua chegada. Deixe esta agonia aqui dentro de mim. Não vou apressar o rio. Todos sabemos que ele segue seu curso, muito bem, sozinho.

              Para quê explicar ou entender a felicidade de um coração batendo? Se ele bate, é por que estou vivo. Se bate da forma que bate, é por que estou vivo e vivendo! Deixe meu coração bater com quiser, pelo o que quiser, por quem quiser! O que é que eu ou você tem a ver com isso?! "Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?" Não me questiono mais! Não explico e nem peço explicações! Não entendo mais nada e isso é tão bom! A verdade é que ao final... tudo faz sentido. A adrenalina, o pensamento, o toque... Com isso, tudo se justifica, mas nada se explica. Graças a Deus!!rsrsrs 

Relaxa e goza!!!!!!