Lemnbrando que a ultima frase sempre é um link para uma música relacionada ao post.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Odontologia da moda.


É preciso desconstruir a estética
Do moreninho forte, Branquinho Parmalat.
Porquê nossa concepção, zero quilate
Se constrói numa onda bostética
De inteligentes que late.

Diariamente compro briga com a toga.
Com bermudas e chinelos acadêmicos.
Onde o olhar crítico nos destrói como uma droga.
Protesto contra o preconceito endêmico.

Já que quero ser querido de verdade
Demonstro menos do que valho.
Despisto seu gostar, por vaidade.
Pouco compro, pouco ostento, pouco malho.
Rejeito minha casca, falsidade. 

De fato sempre me visto com o “mau hábito”.
Sacro, santo, boêmio meretrício.
Vejo proveito tanto na virtude quanto no vício.
Aceito à todos sem ser Juiz neste conflito.

Um belo sorriso abre portas.
Mas a quem serve restringir o que é o belo?
Se mais belo que o sorriso é o seu motivo.
Sorriso de bocas tortas...
Sorriso banguelo...
Sempre belo o sorriso.

É preciso desconstruir a estética
De rimas intercaladas e redondilhas.
De versos “Euroglobais” na linha poética.
Rasguemos poemas, prosas, tratados, Tordesilhas...

Mostremos, sem pudores, o que pensamos.
Sejamos sem vestimentas à quem amamos.
Escrevamos sem estar presos ao que rimamos

Jalba Santiago dos Santos Segundo