Lemnbrando que a ultima frase sempre é um link para uma música relacionada ao post.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

De boa na lagoa!


Prossigo de qualquer maneira.
Sigo sem eira nem beira
Por entre punhos fechados
Armas e dentes serrados.

Não mais me assusta o estampido
Nada me incomoda os ouvidos
Nem o falso estrondar dos que só fazem ruído
Dos que bradam nas redes sociais
Lutando sempre por suas causas pessoais

Prossigo sem ligar pra eira
Ligar pra beira
Ou qualquer outra asneira.
Sendo de direita ou esquerda, nem penso
Só me preocupa gozar no centro
Da cara de quem a todo momento
Guerreia com seus moinhos de vento
Faxinando todo o mundo, menos dentro.



Mas não se preocupe comigo
Já que só pensa no próprio umbigo
Deixe minha vida de fora
Só me chame quando chegar a hora
Hora de não se desgastar atoa
Não "desdeboe" quem está de boa!



Jalba Santiago dos Santos Segundo

Todos os dias!

Então percebi que não sei seu aniversário.
Passa-se um ano...
Dividimos lençol, toalha, pano.
Chegamos até a suscitar algum plano...
E não sei seu aniversário!




Se cair a net, ficar sem "Face", eu me atrapalho.
Pode até me chamar... paspalho
Penso em tudo, menos uma data.
No seu olhar que o coração arrebata.
Mas com a maior cara de otário...
Não sei seu aniversário!








Lembro de você dia e noite.
Quer no jardim do éden, quer no açoite.
Lembro que comemoramos dia vinte e dois
Lembro do antes, durante e depois.
Lembro que para amanhã, me pediu flores.
Que pra você sou todo amores...
Mas mesmo depois de um esforço arretado...
Não lembro de seu aniversário!

Então...Comemoremos todos os dias!

Jalba Santiago dos Santos Segundo

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Odontologia da moda.


É preciso desconstruir a estética
Do moreninho forte, Branquinho Parmalat.
Porquê nossa concepção, zero quilate
Se constrói numa onda bostética
De inteligentes que late.

Diariamente compro briga com a toga.
Com bermudas e chinelos acadêmicos.
Onde o olhar crítico nos destrói como uma droga.
Protesto contra o preconceito endêmico.

Já que quero ser querido de verdade
Demonstro menos do que valho.
Despisto seu gostar, por vaidade.
Pouco compro, pouco ostento, pouco malho.
Rejeito minha casca, falsidade. 

De fato sempre me visto com o “mau hábito”.
Sacro, santo, boêmio meretrício.
Vejo proveito tanto na virtude quanto no vício.
Aceito à todos sem ser Juiz neste conflito.

Um belo sorriso abre portas.
Mas a quem serve restringir o que é o belo?
Se mais belo que o sorriso é o seu motivo.
Sorriso de bocas tortas...
Sorriso banguelo...
Sempre belo o sorriso.

É preciso desconstruir a estética
De rimas intercaladas e redondilhas.
De versos “Euroglobais” na linha poética.
Rasguemos poemas, prosas, tratados, Tordesilhas...

Mostremos, sem pudores, o que pensamos.
Sejamos sem vestimentas à quem amamos.
Escrevamos sem estar presos ao que rimamos

Jalba Santiago dos Santos Segundo

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Não saber... Não ordenar!

De tanto que amei e me vejo amado
De propósito me posto limitado
Não importa se até sigo amando
Não quero ordens nem sigo mandando

Limito, porque quero, o meu saber
Pois no mistério é que cresce o meu querer
E aos poucos escapa-me o que ocultava
E até gostei, gozei pois me desvendavas

Se oculto, quando me escondo, mais devassado
Se mostras, e de tão clara, me cega, a luz
Já sabes cada segredo que me seduz
E de tão solto, nunca saio do seu lado

De tanto amado me vejo assim
De solto prendo-me de propósito
Só importa se gostas de mim
És anarquia e eu escravizado!

Jalba Santiago dos Santos segundo