É preciso desconstruir a estética
Do moreninho forte, Branquinho Parmalat.
Porquê nossa concepção, zero quilate
Se constrói numa onda bostética
De inteligentes que late.
Diariamente compro briga com a toga.
Com bermudas e chinelos acadêmicos.
Onde o olhar crítico nos destrói como uma droga.
Protesto contra o preconceito endêmico.
Já que quero ser querido de verdade
Demonstro menos do que valho.
Despisto seu gostar, por vaidade.
Rejeito minha casca, falsidade.
De fato sempre me visto com o “mau hábito”.
Sacro, santo, boêmio meretrício.
Vejo proveito tanto na virtude quanto no vício.
Aceito à todos sem ser Juiz neste conflito.
Um belo sorriso abre portas.
Mas a quem serve restringir o que é o belo?
Se mais belo que o sorriso é o seu motivo.
Sorriso de bocas tortas...
Sorriso banguelo...
Sempre belo o sorriso.
É preciso desconstruir a estética
De rimas intercaladas e redondilhas.
De versos “Euroglobais” na linha poética.
Rasguemos poemas, prosas, tratados, Tordesilhas...
Mostremos, sem pudores, o que pensamos.
Sejamos sem vestimentas à quem amamos.
Escrevamos sem estar presos ao que rimamos
Jalba Santiago dos Santos Segundo