Inicialmente gostaria de registrar duas coisas. Uma se relaciona com a forma que vocês poderão interpretar este texto. A outra se relaciona com a forma que você pode me interpretar. Este texto é, acima de tudo, uma opinião particular, logo, pode (e deve) ser contestada, mas apesar de não pretender mudar a opinião de ninguém (Só quero bagunçar o coreto mesmo! rsrsr) deve, como toda opinião, ser respeitada. Na discordância é que se mostra o verdadeiro respeito! A outra coisa é que estou escutando, para escrever este texto, The Velvet Underground.
Pessoas são sempre diferentes! Parece óbvio, mas o ser humano está tão empenhado em vencer a competição de quem está certo, que para impor suas opiniões ignoram preceitos básicos de uma convivência pacífica. Esquece que, sendo diferentes, é natural que as pessoas pensem de forma diferente. Contudo as coisas não se resumem a CERTO E ERRADO. Sendo diferentes, com comportamentos diferentes, potencialidades diferentes... também não nos resumimos a uma simples eleição de MELHORES OU PIORES. "Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de tantas outras pessoas!" Genialmente Gonzaguinha nos mostra que neste "mosaico-caleidoscópico" infinito que é um indivíduo, tentar resumir a definição de uma pessoas a um punhado de rótulos acaba sendo uma tarefa interminável e deveras injusta. O rótulo atribuído é uma injustiça individual e coletiva. Ignora características particulares de cada indivíduo naquele conjunto e acaba por atribuir à totalidade de indivíduos, características que eles não possuem. Cada pessoa é o que é e só cabe a ela gozar dos benefícios e pagar o preço de ser como é.
Sou homem! E daí?! Na minha opinião, a única coisa que me faz homem foi um cruzamento de cromossomos (Depois de um cruzamento entre meus amados pais. rsrsrs) que biologicamente me fez assim. Não sou igual a nenhuma mulher! O que não me faz ser igual aos outros homens (Se está em dúvida, volte ao parágrafo anterior!). Tenho semelhanças e diferenças em relação à todos os homens e mulheres que existem. Mas isto não me torna melhor ou pior. Não me dá "direitos". Sou homem, Policial, Capoeirista, protótipo de Escritor, Estudante, Professor, Pai... mas antes de mais nada, sou Eu. Conheço muitas mulheres que na PM são menos operacionais que eu, na Capoeira jogam menos que eu, escrevem pior que eu, tiram notas menores que as minhas, não tem paciência para ensinar, abandonam os filhos; mas conheço outras mulheres que na PM topam, operações que eu nem ouso pensar em ir, jogam Capoeira mil vezes melhor que eu, são escritoras maravilhosas, "CDF", professoras incomparáveis e maravilhosas Mães. Sabem o que o fato delas serem mulheres tem a ver com isto? NADA! Elas são assim pois os contextos internos e externos de sua vida simplesmente conspiraram para isto.
Surge então a pergunta: Se todos são diferentes devemos tratar todos iguais? SIM! Lembrando que tratar igual é uma premissa intimamente ligada à tratar com justiça. Pessoas erram e acertam de forma individual, mesmo quando agem coletivamente! Em uma briga de torcida, por exemplo, todos brigam, mas nem todos tem a oportunidade de bater... Alguns só apanham, mas não deixaram de brigar por isso. Porém os que batem merecem a pena por ter brigado e batido. Os que apanham merecem por ter brigado e apanhado... Se as pessoas erram individualmente e acertam também de forma individual, quando ela errar, deve pagar pelo seu erro e quando acertar deve ser premiado, também de forma individual! Menos meu filho, pois para ele, acertar não é mais que a
obrigação! (Brincadeirinha! Papai te ama!) Dito isto, não é justo que eu seja rotulado pelo erro (ou acerto) de algum homem pelo simples fato de eu ser homem. Durante a minha vida fui obrigado a suportar diversos preconceitos. Já me chamaram de MACHISTA por ser Homem, LADRÂO por ser negro, VAGABUNDO por ser Capoeirista, TRUCULENTO por ser PM, HOMOFÒBICO por ser heterossexual... Mas o pior é que normalmente as pessoas que me rotularam eram justamente aquelas que pousavam de baluarte da retidão e justiça. Que fique bem claro que eu não sou santo. Mas não é justo que ninguém pague pelos meus erros, muito menos que eu pague pelo os dos outros.
obrigação! (Brincadeirinha! Papai te ama!) Dito isto, não é justo que eu seja rotulado pelo erro (ou acerto) de algum homem pelo simples fato de eu ser homem. Durante a minha vida fui obrigado a suportar diversos preconceitos. Já me chamaram de MACHISTA por ser Homem, LADRÂO por ser negro, VAGABUNDO por ser Capoeirista, TRUCULENTO por ser PM, HOMOFÒBICO por ser heterossexual... Mas o pior é que normalmente as pessoas que me rotularam eram justamente aquelas que pousavam de baluarte da retidão e justiça. Que fique bem claro que eu não sou santo. Mas não é justo que ninguém pague pelos meus erros, muito menos que eu pague pelo os dos outros.
Existem HOMEM MACHISTA? Sim! Mas não é o fato dele ser homem que o torna um machista, pois sabemos que existem mulheres machistas também. Existem NEGRO LADRÃO? Sim! Mas não é o fato de serem negros que os tornam ladrão, pois temos brancos, amarelos, vermelhos ladrão também. Existem PM TRUCULENTOS? Sim! Mas também não é o fato de serem policiais ou militares que os tornam truculentos, pois temos muitos PM que agem tecnicamente, sem qualquer abuso e temos pessoas truculentas nas mais diversas profissões. Então, estas associações são SEMPRE INJUSTAS!
A humanidade tem se mostrado, ao longo da história, preguiçosa e interesseira, sempre que a avaliação do outro é base para as tomadas de decisão. A opressão se manifesta tanto nas decisões de Estado, quanto numa ínfima relação interpessoal. Tudo começou com a Lei do Mais Forte. Mas infelizmente parece que esta lei nunca é revogada, apenas a força passa a se manifestar de outra forma. Estamos então na era do discurso e das redes sociais. O mais forte tem sido aquele que consegue manipular a opinião pública para angariar status e influência. Vejo, então, uma série de falsos profetas que sob o argumento de defesa dos Direitos Humanos, pregam um verdadeiro discurso de ódio na tentativa de, com o crescimento de seu "rebanho" passe a ocupar o mesmo lugar daquele que tanto critica. É o OPRIMIDO querendo virar o OPRESSOR, ao invés de querer acabar com a OPRESSÃO. Infelizmente, também vejo pessoas muito boas e bem intencionadas sendo manipulados por estes e tantos outros falsos profetas. Mas fatalmente, e eventualmente, a máscara cai. O discurso se fragiliza quando observamos os atos do dia a dia, bem como a postura, quando são detentores do poder decisório. Obviamente, eu estaria sendo injusto se acusasse todos aqueles que se envolvem na militância dos Direitos Humanos. O problema não é a militância e muito menos as lideranças. O problema que agora se manifesta é o mesmo do período paleolítico, da Roma antiga, dos conflitos entre povos na África, da Alemanha nazista... O PROBLEMA É O SER HUMANO!
Mas a solução também é o próprio ser humano. Creio que estejamos em um processo evolutivo e a observação crítica deste fatores é um passo fundamental para a nossa correção. Mas esta correção deve ser trabalhada individualmente. Ainda que as boas ideias, os bons valores devam ser pulverizados para que alcancem o máximo de pessoas, cada pessoa deve se preocupar em melhorar a própria conduta e em dar um bom exemplo. Se somos diferentes, temos aspectos diferentes a serem trabalhados. Assim, quando todos melhorarem, a coletividade também irá melhorar. Que coletividade é essa? As pessoas. Pessoas que de igual só tem três coisas: Todas tem uma vida. Todas vão morrer um dia. E todas são diferentes entre si!
Vamos respeitar as diferenças, pois assim estaremos nos respeitando!
Ps.: The Velvet Undergroud era uma banda de Rock'n Roll psoicodélico, comandada por uma mulher (Nico) e por um homossexual (Lou Reed). Agora quero ver quem vai ter a cara de pau de insinuar qualquer coisa sobre isto, após ter lido este texto!! rsrsrsr
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