Lemnbrando que a ultima frase sempre é um link para uma música relacionada ao post.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

"Coisas que eu sei..."

               Tantas coisas passam despercebidas quando estamos com pressa. A velocidade do dia a dia. A rotina frenética das grandes cidades ou das grandes instituições. A cobrança, desenfreada, por resultados. Motivos... Posso citar diversos. Mas será que em algum momento podemos puxar o freio?

               Sob a ótica dos homens existe uma cobrança, cultural, que faz com que tenhamos que acelerar justamente quando andar em "slow motion" nos proporcionaria prazeres inigualáveis. O jovem contemporâneo deve sair à caça e abater a sua presa o mais rápido possível. Estou falando, mesmo, de paquera! Existe uma pergunta nas rodas de conversas masculinas que sempre se faz presente: Já comeu? Essa pergunta só não ocorre quando o assunto é a mulher (Esposa, Noiva ou Namorada) do inquirido. Caso não exista nenhum "vínculo contratual", mais cedo ou mais tarde esta pergunta vai surgir.

               Inicio aqui o meu pequeno manifesto contra a pressa de "amar".

               Poucas coisas são tão prazerosas quanto a construção de um relacionamento. Independente da profundidade, para que um relacionamento se efetive é necessário trilhar por um caminho de mistérios que, na medida em que são solucionados, proporcionam emoções positivas e indescritíveis. Nesta estrada tudo tem um significado; nada é por acaso. Pouco a pouco um jogo de xadrez vai tomando forma e ao final, quando bem jogado, a vitória é dos dois jogadores. A conquista é uma estrada sinuosa onde existe uma bela paisagem em cada curva. Cabe a nós escolher a que velocidade vamos apreciar a vista.

             Hoje, com a cultura das soluções rápidas, cortamos caminhos e "belas paisagens" são ignoradas. Tenho lutado para valorizar os momentos nas relações interpessoais que tenho vivido. No campo das relações entre homens e mulheres, posso afirmar que reaprendi a aproveitar muita coisa boa, antes de homologar a relação em si. (O famoso beijo na boca. rsrs)

             Neste xadrez as peças não se movem conforme as regras. Elas se movem de acordo com o contexto. A matemática do amor não é exata. O gostoso de tudo isso é que a cada jogo de palavras, a cada sentimento que se deixa revelar homeopaticamente, a cada toque na mão, a cada olhar... o nosso corpo se manifesta, prazerosamente, alternando picos de adrenalina e endorfina. Quanto mais curtida for a conquista, mais toques, olhares, palavras, sinais valorizarão o produto final. O amor, ainda que seja aquele de uma festa, uma noite apenas; é uma pedra que deve ser lapidada com muita calma. "Coisas que eu sei. O meu rádio relógio mostra o tempo errado."

              Pois é! Sei que talvez minhas conjecturas sejam ultrapassadas. Meu relógio, nesta questão, conta mesmo o tempo errado. Mas muitas vezes é tão bom! Mesmo quando é uma simples paquera, quando é algo fugaz, quando é uma transa de uma noite só, tem que ter o "jogo". Só com esse jogo, só com essa calma de esperar o tempo certo para as coisas, só com esse tempero é que uma simples atração pode virar algo mais. Hoje as pessoas se contentam com muito pouco. Tratam como causa aquilo que deve ser mera consequência (sexo). Estamos pondo o carro diante dos bois! "Jogos de amor são pra se jogar"

               Assim termina este pequeno manifesto em prol da valorização dos pequenos gestos, dos olhares, dos toques "sem querer", dos dedos entrelaçados, dos corações acelerados, da face ruborecida... Espero ter agregado mais adeptos (principalmente adeptas rsrs) à minha causa.

"(...)se quiser jogar...Me liga, me liga!!!

2 comentários:

  1. Forma simples de mostrar o que por vezes sabemos ser bom e acabamos por perder, os pequenos momentos. E claro uma adepta.

    um forte abç.

    ResponderExcluir