Quem disse que só escrevo o que sinto?!?!
Para proteger a mim e aos outros, minto!
Mas reservo minhas mentiras para a poesia.
Já farto daquelas do dia a dia.
Muitas vezes a inspiração é tamanha.
São questões sagradas... profanas.
Prender-me à verdade na explanação
É tolher a fluidez da criação.
De mentira, gasto toda a minha cota.
Não comprometo ninguém em meus esquemas
Só minto ao escrever poemas.
Diferente, do que em outros, se nota.
Se é um fingidor, o poeta...
Fora da poesia, sou o contrário.
Não me igualo a político salafrário.
Nem tento me fazer de profeta.
Na prosa e na oratória é diferente.
Se não cabe a verdade, me calo.
Quando me pressionam, nada falo.
Não sirvo de "alimento" ao descrente.
Mas nada de escrever só o que sinto.
Minto, minto minto e minto.
E de tanto mentir, acredito.
E acabo por fazer poesia, o que vivo.
E tenho dito!
Jalba Santiago dos Santos Segundo
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