De um curto mal amado.
Por um fio malassombrado.
O que era quente ficou frio.
Na pele... arrepio.
A água desceu gelada.
Não foi resistência, que nada.
Já o herói da resistência.
Na hora pediu clemência.
Corpo mole, água dura!
Em cada pedaço uma tortura.
Unha, falange, braço ou dedo.
De tanto frio, sentia medo.
Pra complicar toda a história
Ainda chovia lá fora.
O motivo do desespero
Seria molhar o corpo inteiro
Já com o fio desencapado
Alicate, faca e chave de fenda.
Bastava manter o "negativo" isolado
Para executar a emenda.
Mas o ódio vem galopante
Ao notar que por esquecimento
Deixei faltar naquele momento
O cabrunco da fita isolante!
Então por auto penitência.
Venci o frio e o temor.
Fiz, de coragem, o rancor.
E da limpeza, minha valência.
Naquele momento fui forte
Já no outro dia dei sorte
Na carteira, meu ultimo dinheiro
Comprou a peça do chuveiro
Hoje até o sol surgiu na minha frente
Pra comemorar meu banho quente!
Jalba Santiago dos Santos Segundo
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